Une fiction historique glaçante et inoubliable, aux confins de l’Antarctique
Bons dias!
Hão de reconhecer que sou bem criado. Podia entrar aqui, chapéu à banda, e ir logo
dizendo o que me parecesse; depois ia-me embora, para voltar na outra semana. Mas,
não senhor; chego à porta, e o meu primeiro cuidado é dar-lhe os bons dias. Agora, se o
leitor não me disser a mesma coisa, em resposta, é porque é um grande malcriado, um
grosseirão de borla e capelo; ficando, todavia, entendido que ha leitor e leitor, e que eu,
explicando-me com tão nobre franqueza, não me refiro ao leitor, que esta agora com
este papel na mão, mas ao seu vizinho. Ora bem!
Feito esse cumprimento, que não é do estilo, mas é honesto, declaro que não
apresento programa. Depois de um recente discurso proferido no Beethoven, acho
perigoso que uma pessoa diga claramente o que é que vai fazer; o melhor é fazer calado.
Nisto pareço-me com o principe (sempre é bom parecer-se a gente com principes, em
alguma coisa, da certa dignidade, e faz lembrar um sujeito muito alto e louro,
parecidissimo com o Imperador, que ha cerca de trinta anos ia a todas as festas da
Capela Imperial, pour étonner de bourgeois; os fiéis levavam a olhar para um e para
outro, e a compara-los, admirados, e ele teso, grave, movendo a cabeça à maneira de
Sua Majestade. São gostos) de Bismark. O principe de Bismark tem feito tudo sem
programa público; a única orelha que o ouviu, foi a do finado Imperador, - e talvez só a
direita, com ordem de o não repetir à esquerda. O Parlamento e o pais viram só o resto.
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