"On n'est pas dans le futurisme, mais dans un drame bourgeois ou un thriller atmosphérique"
Nos campos do Mondego, abaixo de Coimbra, a primavera é frequentemente
agreste e fria. Quando o vento do mar sopra rijo sobre os brancos lençoes de
malmequeres a surgir da terra humida e paludosa, ainda farta das aguas do
inverno, as tardes são inclementes para o corpo avido do repouso e doçura da
natureza.
Este rapaz que além se apeou d'uma carruagem, em frente da estação de S.
Braz, na estrada que vem dos lados de Albergaria, atravessou a linha
conchegando o gabão que o vento desconcerta, e, mal entrado na gare, em que
só destaca uma carreta abandonada com poucos fardos, procura onde se
abrigue. Estamos todavia n'uma tarde d'abril.
O rapaz seguiu vagarosamente, ao longo da gare; na porta em que leu «sala
d'espera» abriu e entrou. A um canto, sobre o duro banco de madeira,
dormitava um homem gordo, de lunetas, mãos nos bolsos e chapéu derrubado
para os olhos; ao lado uma mulher esbelta e franzina, um olhar brilhante sob
o véo que lhe cobria o rosto. O homem levantou-se levemente turbado, com
modos submissos, e pareceu hesitar.
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